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"Aspectos Essenciais da Ministração"
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"Aspectos Essenciais da Ministração"
O Senhor não nos deu um espírito de timidez

É necessário permitir que essa Palavra germine, cresça e dê frutos em nós;
que ela se torne verdade na nossa vida.

Como ministros de música, o nosso chamado é, por excelência, para “aparecermos”, estar à frente, sermos faróis, luzeiros a indicar o que de fato deve aparecer: o nosso Senhor Jesus Cristo, verdadeira Luz. Enquanto não entendemos isso, permaneceremos limitados pela timidez e pelo medo, que não permitem que Deus tome o seu lugar nas nossas e na vida dos outros aos quais somos chamados a evangelizar.

Em II Tm 1,7, o apóstolo Paulo afirma que o Espírito que age em nós nos fortalece, nos conduz ao amor e nos dá sabedoria. Isso quer dizer que a virtude da fortaleza não só nos firma diante do nosso chamado, como nos põe de pé nas tribulações, auxiliando-nos e guiando-nos em nossa missão de conduzir o povo de Deus ao céu por meio do louvor. O dom de amar deve ser a nossa essência (porque Deus é Amor). A sabedoria do alto põe tudo no lugar certo; direcionando como, quando, onde, por que e com quem devemos agir em Cristo Jesus. É o Espírito Santo que nos dá a graça de ministrar.

Todos somos tímidos em algum aspecto. Uns tem medo de falar em público, outros de comer em público, alguns de cantar ou tocar em lugares estranhos ou com pessoas com as quais não tem o hábito de fazer isso. Muitos conseguem cantar ou tocar em um encontro, num show, mas não conseguem partilhar/testemunhar o que Deus fez em sua vida. Mas isso não quer dizer que não somos capazes de vencer a nossa timidez, os medos que nos inibem de anunciar o nosso Deus.

Nós não nascemos tímidos, mas nos tornamos tímidos por alguma razão. Por isso, não podemos esquecer que já nascemos vitoriosos no Senhor, aptos para vencer todo e qualquer obstáculo da nossa vida. Fomos feitos à imagem e semelhança de Deus; carregamos a sua essência.

Ministro de louvor não foi feio para cadeias, arquibancadas; nós, ministros, fomos constituídos como tal para a liberdade, para estar em campo aberto sendo observados por todos na função de trazer a glória de Deus para o meio do seu povo.

O louvor não se esconde nunca! Por isso, também não pode se esconder aquele que foi chamado por Deus para ser o ministro desse agradável louvor dirigido ao nosso Deus, nossa razão de ser.

Então, amados irmãos em Cristo, saiamos do esconderijo em que nos encontramos. Saiamos de trás dos instrumentos, dos microfones e nos revistamos da fortaleza que nos encoraja a abraçar a causa de sermos anunciadores do Reino, na certeza de que Deus nos dará palavras tão acertadas que ninguém e nada poderá nos resistir.

Vamos em frente porque a batalha continua!

Tímidos bíblicos: Gideão: Jz 6,2-3.11-15 / Saul: 1 Sm 10,20-24 / Jeremias: Jr 1, 4-6

Veridiane Silva (Coordenadora do Ministério de Louvor Crux Sacra)

Dai graças ao Senhor porque Ele é bom!

Desde já quero perguntar a você: quais os motivos que existentes em tua vida que te faça nessa hora erguer um louvor a Deus?
Creio que um dos pontos mais importantes para que o louvor brote em nossos corações é o reconhecimento. É isto que o Salmista nos faz entender no salmo 117. Depois de uma profunda experiência com a graça e a bondade de Deus, que em sua vida operou tantas maravilhas, deu tantos livramentos ele exclama de todo coração: “Graças ao Senhor porque ele é bom, eterna é sua misericórdia!”De fato, o coração que faz experiência de Deus jamais poderá louvá-Lo. E quando falo de louvor não quero dizer somente em dizer palavras ou cantar músicas bonitas, pois o maior ato de louvor que podemos dar a Deus é a entrega do nosso coração por meio de uma vida santa. E na verdade esta expressão é mal compreendida por muitos.
As palavras, as canções fazem parte do louvor mas, não é o essencial. E se me faltar as voz, os movimentos? Jesus nos mostrou o que realmente é louvar a Deus, sua adoração foi tão extravagante que alcançou para nós a salvação. Jesus se alimentava em fazer a vontade do Pai, eis aqui outro ponto importante.
O louvor que deve subir de nossas vidas para agradar o coração de Deus deve ser em espírito, mas também em verdade. Em outras palavras, tudo aquilo que fizermos deve estar direcionado para ele, das coisas mais simples às extraordinárias e Ele é digno de tudo isso. Que nossos atos, nosso trabalho, o casamento, os estudos, o nosso descansar, em fim , a nossa vida seja para o louvor do Senhor.
O louvor não deve ficar relacionado apenas a momentos isolados, pois a nossa vocação é dar graças a Deus e isso independe de onde nós estivermos, pois a glória de deus enche toda a terra, se invocarmos sua presença de todo coração com certeza a sua glória nos invadirá.
A palavra nos diz que o Pai procura adoradores, homens e mulheres que com sua forma de viver santifiquem o seu nome com sua forma de viver.
Gaste tempo diante da Sua presença!
Em nossos dias os homens tem parado diante de muitas do que mais importante, dar graças a Deus porque ele é bom.
O salmista nos ensina tudo começa quando eu reconheço que existe um Deus a meu lado, que não me abandona, que trabalha na minha vida me fazendo em cada passo que dou um pessoa melhor.
Louvar é atrair a glória de Deus, seja no ônibus, no metrô, no avião, no carro, na bicicleta, não importa o lugar, somos chamados a dar graças a Deus.
Digo que muitas vezes quando me propus a adorar a Deus e comecei a invocar seu nome experimentei em meu coração um mover maravilhoso do Espírito Santo mesmo sem utilizar as palavras, pois o que Deus olha é a intenção do coração, ele não resiste a um coração que dobra em sua presença.
Ele quer se dar a nós, compartilhar sua santidade conosco, mas para isso é necessário intimidade, reconhecimento de quem eu sou e de quem Ele é.

“O Senhor é minha força, minha coragem: ele é meu Salvador. Brados de alegria e de vitória ressoem nas tendas dos justos” (Sl 117, 14-15).

Louvar a Deus é honrá-Lo, não somente por aquilo que ele faz mas por aquilo que ele é, o Senhor das nossas vidas, que nos ampara em todo tempo.

Que o Senhor ache em você um homem e uma mulher disposto a honre-lo com a própria vida.
Deus te abençoe!!!

Jair José

http://www.youtube.com/watch?v=Tp22nD_gqWM – Meu louvor pra sempre!

A gente começa tocando harpa!

O livro de 1 Samuel a partir do capítulo dezessete nos relata um fato bem interessante, a escolha e unção de Davi. Este acontecimento já é bem conhecido, principalmente por que exercemos o ministério de louvor. Vemos neste texto como a dinâmica de Deus sempre surpreende o homem. Davi, entres os filhos de Jesse era o mais moço e como conseqüência o que menos tinha experiência. Até o próprio profeta Samuel se admira quando vê aquele que seria o escolhido de Deus para futuramente governar Israel. Mas como Deus sempre vê o que os olhos humanos não conseguem ver sigamos em frente.
Ele de fato era aquele no qual os olhos do Senhor tinham repousado. E nos diz a Sagrada Escritura: “... o Espírito do Senhor apoderou-se de Davi.” Desde aquele dia Davi já não era mais o mesmo, pois havia uma unção sobre ele, unção essa que o levaria para lugares desconhecidos mas, onde ele encontraria a vontade Deus para sua vida. Certo dia nos diz a Palavra: “Quem o Espírito do Senhor retirou-se Saul (que era o Rei daquele tempo em Israel) e um espírito mau veio sobre ele, enviado pelo Senhor.” Seus servos preocupados com o estado do rei fazem-lhe o seguinte pedido: “ Que nosso senhor ordene e teus servos aqui presentes procurarão um homem que saiba tocar harpa e, quando o mau espírito de Deus estiver sobre ti ele tocará o instrumento para acalmar-te.” Um dos servos declarou: “ Conheço um filho de Jesse de Belém que sabe tocar muito bem: é valente e forte, fala bem, tem um belo rosto e o Senhor está com ele.”
Como segue o texto sagrado um pouco mais adiante Deus vai proporcionando situações onde aos poucos aquele que foi escolhido inicialmente para tocar harpa e acalmar o rei se torne o líder do povo de Deus, o rei de Israel. Diante desta reflexão o quero dizer é que precisamos estar atentos ao mover de Deus em nossa caminhada, não podemos nos apegar a lugares e ministérios, pois a os pensamentos do Senhor a nosso respeito estão muito além daquilo que imaginamos.
Eu não o que se passava no coração de Davi, se ele percebeu de cara aquilo que Deus queria pra vida dele, mas o que importa é que as oportunidades foram dadas e com ou sem dificuldade elas foram sendo também abraçadas e aos poucos aquilo que estava no coração de Deus a respeito de Davi foi se cumprindo e ele foi se tornando o que Deus pensava.
Você já parou pra analisar que caminhos o Senhor tem preparado pra você? Se não, eu te aconselho que abras os teus olhos. A Igreja dos tempos de hoje precisa de homens e mulheres que como Davi e tantos outros tenham a coragem da sair das águas tranqüilas e ousem ir mar adentro, que se aventurem. Muitos cristãos tem vivido uma vida sem desafios. Claro que o querer de Deus sempre mexe com as nossas estruturas, “bagunça” a nossa vida nos levando por lugares desconhecidos. Mas do que vale uma vida sem aventuras, sem histórias pra contar?
Tudo começa quando temos a coragem de começar tocando harpa, ou seja, dando o nosso primeiro sim a missão, pois já existe uma unção sobre nós, uma unção que se nos deixarmos guiar por ela chegaremos a lugares muitos altos, ao céu. Este é o fim daquele que recebe a unção de Deus.
É preciso desejar ir além, descobrir-se.
Chega de esconder-se de temer o compromisso, de aceitar os limites que a nossa história nos impõe. Se o Senhor nos escolheu, com certeza é por ele acredita que somos capazes. Você já pensou se Maria não tivesse aceitado os limites daquele tempo onde se uma jovem aparecesse grávida se marido seria apedrejada em praça pública e por causa disso não acreditasse nas palavras do anjo quando ele disse: “O Espírito Santo descerá sobre ti e a força do Altíssimo te envolverá com sua sombra?” (Lc1, 35). Os olhos do Altíssimo foram atraídos por aquela jovem, a sua humildade moveu coração de Deus, que a achou digna de ser a mãe de seu Filho. Ela se convenceu disso.
É preciso ter fé, sem este dom o serviço e a vida cristã se tornam estéreis. Nos acostumamos em dar o que está a nossa vista e não nos deixamos desafiar pela graça.
A fé nos faz dar passos em direção a vontade de Deus, nos dá coragem para vencer os nossos limites.
Não sei como você tem se percebido hoje em tua caminhada, se tem avistado os caminhos que Deus por meio das oportunidades aponta pros teus dias. Se percebes irmão (ã) abra-se a graça comece tocando harpa, dê o primeiro passo.
O Senhor anda a procura de homens e mulheres que tenham a coragem de ousar, que sejam boas influências.
Não tenha medo, “ninguém nasce com jeito de super-herói”, mas a graça sempre surpreende, acredite.
Paz e bem!
Fraternalmente
Jair José

Gestos na Ministração



Este assunto é bastante interessante e muitas vezes se torna até polêmico dependendo do meio em que for comentado.
Baseemo-nos na palavra de Deus, de maneira especial no livro dos salmos onde por muitos versículos podemos perceber que os salmistas nos orientam a louvar de diversas maneiras, mas de maneira especial no salmo 50, versículo 4, nos diz: “Louvem-no com tímpanos e com danças.” Em outros momentos a palavra nos orienta a “erguer as mãos ao santuário e bendizer ao Senhor”. Vejamos que os gestos muitos mais do que para qualquer outra finalidade são para louvar a Deus.
Certa vez ouvi dizer: “Os gestos intensificam o sentimento”. Muitas vezes nas nossas ministrações nos apegamos tanto a estes fatos que não queremos escolher outro tipo de música que não sejam aquelas que tenham a finalidade unicamente de fazer com que as pessoas gesticulem, pulem, dancem, em fim. E se não vermos as pessoas de tal modo perece até que a ministração não valeu, ou que para que elas sejam aliviadas de seus fardos quando chegam em nossos grupos o remédio de fato, seja dar alguns pulinhos.
Louvar a Deus não quer dizer dar pulos, ou bater palmas, pode até fazer parte. Louvar muito mais do quer qualquer outra coisa é reconhecer que Ele está acima de tudo me nossa vida, é agradecer-lhe muitos mais do que por aquilo que ele faz, mas por aquilo que ele é, o Senhor.
Nas minhas andanças por ai e até mesmo no meio que em que vivo, por causa da cultura que se foi adquirindo com o passar dos tempos, em meio aos nossos louvores a finalidade da música, muito mais do que ser um veículo que faria a pessoa se prostrar e reconhecer a majestade de Deus acabou sento uma forma de entretenimento de passa tempo e animação ou outros nomes que queiramos dar. Claro que graças aos apelos do Espírito essa forma de pensar tem mudado aos poucos. Mas ainda é uma forma estranha ao nosso povo.
Penso que em uma ministração de louvor precisa levar a assembléia a se derramar diante de Deus, o ministro precisa ter consciência do lugar para onde ele precisa direcionar aquele povo, ou seja, ele deve ser antes de tudo um pessoa cheia de experiência, que saiba de fato, o que deve ministrar, que caminhos deve apontar para o povo que lhe foi confiado.
Quando louvamos acontece o que se chama de descentralização, ou seja, o centro deixa de ser o meu problema, a minha preocupação, e Deus vai assumindo o seu lugar e, desta forma a graça começa acontecer podemos ver isso claramente em Atos 16, 25 seguintes. A palavra relata que eles estavam algemados e muito machucados por causa dos açoites, e eles começaram a cantar um hino a Deus. Não a relatos que hino era esse, se seu andamento era rápido ou lento, mas o que mais importava nesta situação é para onde, ou melhor para quem aquele hino os conduzia. Havia uma finalidade ao ser entoado aquele hino. E qual era? Louvar a Deus, declará-lo Senhor de toda aquela situação.
Veja, deste o modo reafirmo que nossos ministros precisam ser pessoas de consciência, que saibam em primeiro plano que nós não ministramos música, mas louvor, o fato de cantarmos ou tocarmos é muitos mais do que fazer as pessoas nos admirarem pelos arranjos que fazemos, mas reconhecerem sim os arranjos que o Divino Maestro faz na vida delas e serem gratas por isso oferecendo assim suas vidas a ele.
Ministrar louvor é muito mais do que levar as pessoas a repetirem as letras das nossas canções, é mais do que fazer com que elas gesticulem atendendo aos nossos comandos, mas é fazer com elas entendam que Deus as ama por isso elas podem se expressar com liberdade diante dele. O nosso prazer não deve estar em ver as pessoas eufóricas e suadas em nossas ministrações, mas em perceber que elas estão crescendo em intimidade, pois às vezes as pessoas pulam tanto, dançam maravilhosamente, mas na hora dar a Deus o que está em seu coração por palavras o silêncio reina.
Falo destas coisas por que por muitos anos em meu ministério eu também agia deste modo, achando que a eficácia da ministração estava em ver a euforia das pessoas. Onde as músicas de louvor eram as mais ritmadas, perceba ai onde as coisas iam dar. Aos poucos fui percebendo junto com meus irmãos que havia alguma coisa erra, pois as pessoas não eram livres para levantar as mãos a não ser que a letra da canção pedisse, ou para louvar em palavras, era necessário que disséssemos os motivos pelos quais elas tinham que louvar.
E percebendo isso o Senhor foi nos educando e nos dando uma nova forma de agir primeiramente diante dele em nossas expressões, pois tudo precisava começar em nós, já que estávamos como condutores. Entendemos que precisamos ser uma inspiração, livres na nossa forma de louvar, ousados, pois diante de Deus não há limites, pois estamos na casa do nosso Pai. Esta visão trouxe para o nosso ministério todo um diferencial, hoje eu amo participar das ministrações conduzidas por meus irmãos. Hoje para nós é muito mais do que gesticular, é adorar, usar o nosso corpo para glorificar o nome do Senhor.
Não quero afirmar aqui que há proibições, mas que os nossos ministros precisam saber o que estão fazendo, para que algo tão tremendo como a ministração do louvor por meio da música se torne tão pobre. A palavra no diz que o Senhor habita em meio aos louvores de Israel, e é necessário fazer com que o povo perceba essa presença que está em meio aos nossos louvores, pois somos o Israel de Deus hoje, e se louvamos ele estará no meio de nós para fazer acontecer milagres e prodígios e, mesmo que os milagres não aconteçam ter a graça de adorar a sua presença já e muita coisa.
A nossa Igreja precisa de pessoas treinadas não por teoria simplesmente, mas na experiência ou seja, que vivenciem o ministério de louvor como algo sério e poderoso que o poder de aproximar as pessoas de Deus e serem livres e aderirem dia após dia a seus ensinamentos, de honrá-Lo muitos mais do que com saltos e gritos ,mas com uma vivencia fiel e de compromisso com o Reino.
Que o Senhor que é digno de todo louvor nos ajude a cada mais perceber quão foi o tesouro que ele colocou em nossas mãos, para o administremos com todo fervor e caridade.

Paz e bem!
Jair José do Nascimento

Eu vos exalto ó Senhor, pois me livraste!


Este deve ser o grito de louvor que a cada instante deve fluir de nossos lábios. A semelhança do salmista ao reconhecer em seus dias o auxílio poderoso de Deus que, certamente nos ama, cuida, livra, protege, ampara ou outros nomes que queiramos usar para tentar traduzir as atitudes de um Deus tão grande em nossa direção.
O Salmista com certeza após um momento forte de tribulação e enfermidade revela a Deus sua gratidão por experimentar seu poderoso auxilio, dando-lhe vitória sobre seus inimigos e, também pelo fato de o Senhor ter escutado a sua prece quando diz: “Clamei por vós pedindo ajuda...”
Coisa bonita é a gratidão. Como é feliz um coração que sabe agradecer, que reconhece de bom grado as ajudas que recebeu. Saber agradecer pelos auxílios recebidos é fonte de humildade, pois, quando agradeço reconheço que nem tudo posso sozinho. Aliás, a gratidão só pode brotar de um coração humilde. Depender não é sinal de fraqueza, mas em certos momentos é relembrar parte de nossa essência, que para ser um pouco mais necessito ser ajudada, e aprender que por mais que nos esforcemos nunca estaremos totalmente prontos para enfrentar a vida. Ninguém é tão sábio que não necessite aprender um pouco mais.
Se olharmos atentamente a sagrada escritura iremos notar o quanto Deus se dignou em cuidar daqueles que escolheu para o seu serviço. Nunca se viu um daqueles eleitos escolhidos para o anúncio do Reino desamparado. Diz a palavra: “Os ricos empobrecem, passam fome, mas aos que buscam o Senhor não falta nada” (Sl33, 11). Podemos então entender que nosso Deus é um Deus fiel, que permanece com os seus amados até o fim mostrando o seu amparo de todas as formas.
Amado irmão quero convidar- lhe nesta hora a parar um pouco, refletir e perceber este amparo de Deus em teus dias. Pois, de fato, você também faz parte deste grupo de eleitos, o Senhor tem por você um amor incondicional e também porque te ama te livra todos os dias, e peço que na medida em que este reconhecimento for chegando ao teu coração vá deixando fluir um louvor de gratidão ao Senhor.
Muitas vezes pela correria do nosso dia não conseguimos notar a bondade de Deus a nos acompanhar, a nos livrar, a nos amparar e podemos correr o risco de achar que tudo é fruto dos nossos esforços humanos, ou que tudo simplesmente está em nossas mãos e, assim como muitos nos tornamos os “senhores” da nossa vida, perdendo a oportunidade de desenvolver este grande dom, saber agradecer.
Mas se paramos com humildade iremos perceber que existiram situações que não estavam ao nosso alcance e que se resolveram inesperadamente. E eu, com certeza, afirmo que foi a intervenção divina que por amor opera em nosso favor. Digo isso por experiência própria, na minha vida existem inúmeras situações em que pude experimentar deste auxilio de Deus, me livrando e intervindo de diversas formas e, sou muito grato por isso. Faz pouco tempo que perdi meus pais e na minha família hoje só restamos eu e meu irmão. Hoje, pela graça de Deus, sou membro da Comunidade Crux Sacra e sou muito feliz por isso. Certo dia estava pensando no que seria de mim hoje, neste mundo sem os meus pais, praticamente sozinho, pois, meu irmão vive numa situação um pouco complicada. Se ele, o Senhor, não tivesse coloca a Comunidade Crux Sacra na minha vida eu estaria perdido, o fato de hoje eu estar aqui é com certeza intervenção de um Deus que me ama, que permitiu no tempo certo que eu ficasse sem meus pais, mas não desamparado. Essa é uma das situações, pois quando olho para a minha vida digo alegremente: “Eu vos exalto ó Senhor, pois me livraste!” Eu tinha tudo pra não dar certo, mas este não era o plano de Deus pra mim.
Deus tem uma vida de vitória pra você, portanto a todo instante ele está a cuidar de ti, com fim de que você o encontre e, encontrando-O faça uma experiência de amor com ele e, impulsionado por esse amor torne-se um servo fiel, capaz de como muitos dar a vida por ele. E mesmo que não queiramos um compromisso com Ele, com certeza continuará de pé a sua promessa: “Estarei convosco todos os dias até o fim do mundo!” Mas digo que não é a toa que Senhor nos livra, pois se continuarmos a leitura do salmo perceberemos que o salmista nos faz um convite: “Cantai salmos ao Senhor povo fiel, dai-lhe graças, invocai seu santo nome!”
Diante de tudo que recebemos da parte de Deus o que nos resta é agradecer, ser um povo que adora, que testemunha e invoca o seu nome. As nossas experiências precisam ser ditas, pois elas ajudarão a muitos a encontrarem o caminho que encontramos, caminho esse que nos faz estar à sombra das asas de Deus, lugar de segurança, onde não seremos atingidos e, mesmo que sejamos abalados Ele, o nosso Pai, nos sustentará.
Então, que você meu querido irmão, seja este a fazer experiência de Deus percebendo a cada instante a sua mão a te livrar das mais diversas formas, e também a ser um propagador desses mesmos fatos para que teu testemunho venha a edificar muitas vidas, levando-as, como você, a expressar no final de cada dia: “Eu vos exalto ó Senhor, pois me livraste!”

Deus te abençoe, paz e bem!

Jair José do Nascimento
“Com arte sustentai a louvação” (Salmo 32)




No versículo acima, a Palavra de Deus nos convida a dar o melhor de nosso louvor ao Senhor. Hoje, em nossas igrejas, diante do serviço que prestamos na casa do Senhor, é preciso que nos preocupemos em fazer da melhor forma possível aquilo que nos foi confiado pelo próprio Deus. Os nossos dons devem ser usados a serviço do Reino dos Céus, para “sustentar” o louvor a Deus na terra. Com arte, porque deve ser feito com amor, responsabilidade e muita dedicação; a louvação, porque deve servir à glorificação do nome do Senhor.

Num tempo em que os mais diversos conhecimentos são facilmente acessíveis a todas as pessoas, os serviços prestados a Deus, na igreja, não podem permanecer no campo do improviso e do amadorismo. Precisamos ser profissionais no que fazemos! E não digo, necessariamente, expertos e diplomados, mas, no mínimo, servos detentores de noções técnicas e teóricas acerca da missão que desempenham. Não podemos dar menos (e com menos qualidade) a quem merece o melhor.

O problema se encontra achar que somente a fé é suficiente para a realização de um trabalho bem feito. Sem dúvida, a graça de Deus acontece quando nosso coração se volta para Ele naquilo que fazemos, mas o conhecimento (adquirido pelo estudo e pela própria experiência de caminhada) acresce com um tom de qualidade e eficácia os esforços de arte-evangelização realizados. Por isso, o aprimoramento (técnico-teórico) na área em que atuamos se faz indispensável.

É assim no ramo da música! Um dos mais importantes e influentes meios de evangelização que, para ser feito com arte, requer dedicação, interesse e, também, sacrifício. Uma vez que, não querendo pagar o preço a nós imposto pela opção do serviço exercido - ou mesmo não encarando com seriedade e compromisso o serviço prestado à casa do Pai - acabamos dando a Deus as nossas sobras; em outras palavras, as migalhas do tempo e dos esforços que sobram da nossa vida tão ocupada com as coisas efêmeras deste mundo.

Neste tempo, muitos grupos e ministérios de louvor têm emergido. E isso é muito bom! Belas vozes, arranjos, composições, execuções instrumentais. Frutos provenientes de doação e empenhos que muito alegram o coração do Senhor.

A intimidade com Deus e a plena inclinação à sua vontade são, sem dúvida, atributos que demarcam a essência dos que se dispõem ao serviço do Senhor na ministração do louvor. Quem se encontra nessa posição é chamado a conduzir o povo de Deus - por meio do louvor – ao céu. Ou seja, o ministro de louvor é responsável por levar os fiéis à intimidade com o Pai. Daí a necessidade de ele ser um homem de oração, visto que sem o conhecimento desse caminho (o do louvor e da oração), não é possível conduzir o povo a meta (ao céu).

Um outro aspecto a ser destacado - como direção também apontada pela Palavra de Deus - refere-se ao fato de que tudo deve ser feito com arte, isto é, técnica! Não basta fazer (de qualquer jeito), é preciso saber o que se está fazendo; é necessário que haja conhecimento e organização. Não esqueçamos: o trabalho precisa ser bem feito, com um grau de “perfeição” compatível a quem ele é destinado.

Contudo, infelizmente, o que se percebe é não só uma falta de organização, mas de conhecimentos próprios da atividade realizada. Na música, por exemplo, noções de postura, posição do microfone, articulação, respiração, expressão e até mesmo figurino são indispensáveis para a execução de um bom trabalho de evangelização. Ministrar de sandália, com roupas comumente usadas no dia-a-dia, microfones quase dentro da boca (como se fossem pirulitos), carência de postura e articulação adequadas são exemplos, flagrantes, de quem ainda insiste em manter uma postura muito amadora na condução dos trabalhos que desenvolve.
Outras preocupações (mais técnicas) também são essenciais para uma maior qualidade nas ministrações. A saber: altura dos instrumentos e microfones (que devem ser sustentados, preferencialmente, na altura do peito); tons adequados ao timbre do cantor(a); arranjos (backing vocals) – cuja intensidade não pode ser maior do que a do líder de louvor.

E é por isso que, em nome da missão e do povo que nos foi confiado, todos esses cuidados, digamos assim, não são dispensáveis. São necessários porque nos encontramos diante da presença do Senhor, e também das pessoas; e por isso temos o dever de ser “inspiração”, “referência”, não somente como músicos, mas também como homens e mulheres de oração.

Desse modo, se Deus nos chamou à ministração do louvor, esta deve ser feita com arte, elegância e responsabilidade. Pois é algo de muita importância, não só para os fieis, mas também para o ministro, que deve fazer do louvor, um momento de intimidade com Deus. Por isso, meus irmãos, busquemos crescer cada vez mais, enraizar os nossos dons no ministério que o Senhor escolheu para nós. Pois se quisermos ser melhores, precisamos dar passos. E Deus responde aos nossos esforços.

Paz e bem.


Jair José
(Coordenador Geral do Ministério de Música)