A música, um meio de evangelização!

A música é um meio muito eficaz de evangelização. Ela vai a lugares onde nós não podemos ir, leva-nos a tomar decisões, mexe com os nossos sentimentos, expressa ao que não conseguimos falar... enfim, ela é uma arma muito poderosa e que precisa ser administrada de forma ousada e com muita sabedoria, para que a marca de Deus seja impregnada nos corações das pessoas. A nossa música precisa ser esse canal de encontro com Deus. Por isso, ela deve ser ministrada por homens e mulheres que possuam uma vida de oração e intimidade com Deus muito profunda.

A nossa preocupação não pode estar apenas na aquisição de bons equipamentos (apesar de eles serem, sem dúvida, parte essencial para a boa qualidade da evangelização). Pois do que adianta termos bons instrumentos se não formos bons ministros, pessoas entregues a Deus, assim como os nossos instrumentos são em nossas mãos, para ele use de nós da forma que Ele quer?
A entrega é algo de suma importância para um ministro. Ele faz-nos compreender aquilo que Deus quer ouvir os seus direcionamentos, ter a uma visão acerca da sua vontade para nós e para o povo a quem seremos enviados...

Vamos refletir um pouco: Como tem sido a tua entrega? Você tem obedecido aos direcionamentos que o Senhor tem te dado? Pode testemunhar algum fruto da tua entrega? O que fazer para que melhor mais em tua entrega a Deus?
Deus não resiste a um coração entregue. Quando estamos nesta posição as portas do céu estão abertas sobre nós, e tudo é possível.
Se buscamos uma permanência em nosso abandono, o nosso som só expressará o que respiramos, Deus. E desse modo conseguiremos arrancar muitas almas da goela do leão, muitas vidas serão restauradas.
Compreendamos também que a experiência com o amor de Deus, precisa nos lavar ao encontro do outro, para amá-lo e servi-lo da melhor forma. Assim como fez Jesus, que por nos amor deu o melhor de si.
O seu dom é para ser colocado a serviço das pessoas, e da melhor forma possível.
Muitos ministérios e ministros ainda não entenderam essa realidade dentro do seu serviço ao próximo na igreja de Jesus. Desta forma não preocupam em dar o melhor de si, e acabam não sendo músicos e sim “tocadores”, cantores e não ministros. Não se valorizam e nem valorizam o dom dos que os cercam. Desrespeitam a si ao povo. Porque tocam e cantam de qualquer forma, não buscam um aperfeiçoamento dentro do seu ministério. Claro que na nossa realidade de igreja muitos aprendem pela necessidade, pelo fato de não ter alguém que realmente goste da coisa.Mas o pior é permanecer na necessidade sem uma busca de melhora.
Devemos dar o melhor de nós em favor de um povo ao qual somos chamados a evangelizar.
Claro que unção tem salvado muitos grupos e ministério, pois Deus não desampara quem nele se lança com confiança. E como já citei sem unção nada adianta, sem ela a nossa música e ministração se tornam vazias.
Mas ao invés de ficar só com a técnica ou unção, por que não fazermos uma junção, já pensou no que vai dar? Entendo que precisa haver este equilíbrio, para que sejamos de fato, bons servos.
Na minha experiência vejo que sem unção eu não teria chegado até aqui, não teria visto tantas pessoas se achegarem a Deus nos momentos em que estou ministrando, sem ela nunca teria conseguido compor uma música se quer, muito menos teria ouvido as pessoas dizerem o quanto foram tocadas por essa ou aquela composição. Reconheço que tudo que sou até hoje é graças a ação maravilhosa do Espírito Santo, que escolhe quem quer e age da forma que quer.

Como falei da unção também quero falar da técnica, ela foi e é algo muito importante no desempenho do meu ministério. Eu queria que você me ouvisse cantando há oito anos atrás, realmente era só a graça, digo isso não com ironia. Apesar de ter uma voz muito nasal, nem por isso o Senhor deixou de me usar. Mas como é bom me ouvir e perceber o quanto à técnica me ajudou e ser melhor no exercício do meu ministério. O quanto hoje canto melhor! Não é orgulho é a verdade. Esse crescimento foi alcançado com muito esforço, para que assim eu adquirisse uma nova disciplina para equilibrar a técnica e a unção. Outra coisa que me ajuda bastante é pedir para que meus companheiros de missão me analisem, pois nem tudo consigo enxergar, é difícil crescer sozinho. Agradeça muito ao meu “professor” e irmão Rogério Santos, ele que um grande presente de Deus para o nosso ministério.
Como foi difícil perceber que eu precisava melhorar no meu cantar, foi preciso que eu me ouvisse e me abrisse às críticas dos que me cercavam, e valeu à pena.
Outro ponto importante que me ajudou foi o fato de eu gostar muito de música, de aprender com aqueles que estão a mais tempo na caminhada. Tenha boas companhias! Tire proveito do Jesus que passa na pessoa dos irmãos, não seja fechado, somos dependentes uns dos outros, nem sempre nossa visão é a melhor que existe. Seja observador e busque pegar o que é bom para a tua vida.
Da experiência ao serviço

Em primeiro lugar, somos chamados a viver como irmãos, amando-nos mutuamente, partilhando nossa experiência de vida cristã e buscando diariamente a santidade (de maneira especial, amando e servindo ao próximo).

Dentro desse chamado primordial à santidade, Deus - em sua bondade infinita - derrama em nós talentos e, a seu tempo, convoca-nos a colocá-los a seu serviço, para levarmos um povo a unir vozes e corações e entoar um cântico de louvor que é capaz de romper toda barreira negativa; um hino que lança fora toda tristeza, que nos faz entrar em comunhão com os anjos, formando uma harmonia celestial capaz de mover e atrair o coração do nosso Deus.

Mas, como vimos, antes dessa maravilhosa experiência chegar ao coração das pessoas, ela precisa passar por nós, fazer parte do cotidiano do nosso ministério (da vida de cada membro), porque tudo aquilo que não é fruto de uma experiência não causa efeito na vida das pessoas, além de se tornar fraco e sem raízes.
O nosso ministério não pode ser mais "um" no meio da igreja... mais um produtor de barulho. Precisamos produzir um agradável som de louvor a Deus; um som eficaz que sirva de remédio para curar feridas, e que faça fluir o rio de Deus no meio da assembléia, conduzindo cada pessoa ao encontro com o Santo dos santos.